Se você convive com alguma criança que é extremamente agitada, inclusive em situações que poderiam ser relaxantes, confira sinais para prestar atenção sobre a hiperatividade!
A infância é uma fase da vida marcada por descobertas, curiosidade e agitação. As crianças aprendem a caminhar, ler e escrever, além de entrar em contato com novas pessoas de todas as idades para se divertir e conversar.
Contudo, quando a agitação atinge níveis mais intensos, isso pode ser um sinal de hiperatividade. Conviver com uma criança que parece agitada não é suficiente para definir este quadro como sendo o de hiperatividade.
É preciso estar atento a sinais como inquietação durante as refeições e brincadeiras e até falta de atenção em atividades que podem ser consideradas prazerosas por elas, como assistir um desenho animado na TV.
O desenvolvimento da criança é um processo complexo que envolve inúmeros fatores. Confira a seguir mais detalhes sobre o que é a hiperatividade em crianças e como identificar esse quadro!
O que é
Na área da saúde mental, quando a hiperatividade se manifesta de forma contínua e intensa, pode haver um quadro de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, popularmente conhecido pela sigla TDAH. A hiperatividade é um estado de energia em excesso, que pode ser física e/ou mental. Isso pode se traduzir em atividades em excesso.
Muitas vezes, detectar esse quadro clínico é difícil, especialmente no público infantil, já que agitação e nervosismo podem ser comuns nessa fase da vida. É normal que essa condição se manifeste antes dos 7 anos de idade.
Sinais
Existem alguns sinais de que uma criança possa ter hiperatividade. Entre os principais, destacam-se: não conseguir permanecer sentada na cadeira por muito tempo, parece não prestar atenção quando alguém lhe diz algo, fala excessivamente e interrompe conversas, dificuldades para seguir uma instrução mesmo quando parece ter compreendido e apresenta muitas dificuldades em permanecer em atividades silenciosas como leituras.
Outros sinais importantes em crianças com hiperatividade são: elas se distraem com muita facilidade, costumam apresentar ansiedade, dificuldades para brincar sozinhas, deixam diversas tarefas não concluídas e podem ter especial preferência por brincadeiras perigosas, pois têm dificuldades em mensurar as consequências. Sono agitado, lesões e machucados pelo corpo e impulsividade são também bastante comuns.
Uma observação relevante quando o assunto é diagnóstico, é ter uma avaliação cuidadosa de qualquer conjunto de sinais. Uma criança que apresenta alguns desses traços não é necessariamente hiperativa.
Diagnósticos na área de saúde mental costumam precisar de outros fatores conjuntamente além de sinais, tais como comprometimento da qualidade de vida e do sistema familiar, o grau de sofrimento da criança e o quanto seus relacionamentos e atividades são prejudicadas em função do excesso de agitação.
Tratamento
É importante lembrar que hiperatividade não possui uma cura, mas existem tratamentos que podem reduzir os sintomas e os prejuízos provocados por ela para a criança em questão.
Uma das possibilidades terapêuticas é a realização de terapia, que envolve o acompanhamento de um psicólogo especializado neste quadro clínico. Em casos mais graves e crônicos, pode ser possível adotar conjuntamente com a terapia o uso de medicamentos.
É fundamental que os pais e cuidadores adotem estratégias orientadas pelo psicólogo, tais como criar uma rotina e manter horários, além de realizar tarefas que ajudem os pequenos a gastar o excesso de energia (como atividades físicas e brincadeiras que exigem bastante energia).
Embora as crianças costumem ser nitidamente mais ativas do que pessoas em outras faixas etárias, é importante ter atenção e consultar um profissional da psicologia em caso de suspeitas. Quando acompanhado desde cedo, o comportamento da hiperatividade pode reduzir durante a adolescência e na vida adulta.