Cuidar da saúde íntima implica, principalmente, na higiene adequada da região
A saúde é o bem mais precioso que nós temos. Isso é um fato e ponto final. Acontece que, devido a diversos fatores, algumas partes do corpo acabam sendo deixadas de lado ou mesmo esquecidas quando o assunto é auto-cuidado.
Um exemplo disso é a saúde íntima, relacionada ao sistema urinário e reprodutivo de homens e mulheres. No caso destas últimas, o peso é ainda maior por conta dos tabus. Uma medida simples, como usar calcinhas adequadas, pode ser um grande diferencial. Assim, ter essa e outras noções é algo basilar para toda mulher.
Desmistificar este tema é algo urgente, porque cuidar da higiene íntima é também cuidar da saúde como um todo. Nesse sentido, separamos algumas informações básicas para manter a sua saúde em dia, bem como respostas às principais dúvidas quando o assunto é saúde íntima feminina.
A importância da higiene íntima
Algo fundamental quando se pensa em saúde é a higiene. No caso da higiene íntima, a sua ausência pode levar a uma série de problemas, tais como mau cheiro e doenças bacterianas na região vaginal.
Todavia, é válido lembrar que não apenas a falta de higiene é perigosa, mas também o seu excesso. O uso abusivo de duchas e sabonetes, por exemplo, pode contribuir para o desequilíbrio do pH vaginal, deixando a região mais vulnerável e propensa ao desenvolvimento de patologias.
Especialistas explicam que a região da vagina é naturalmente ácida e isso é o que impede a proliferação de microorganismos responsáveis pelo desenvolvimento de doenças. Isso sem falar que ela também está mais propensa a alergias e infecções por ser uma área próxima aos canais urinário e anal e por ficar mais abafada.
Ter clareza de todos esses aspectos é, portanto, o primeiro passo na hora de cuidar da sua saúde íntima. A seguir, conheça algumas medidas que toda mulher deve adotar no seu dia a dia.
Tenha cuidado ao usar o banheiro
Sua mãe provavelmente já te ensinou isso quando você era pequena. Caso contrário, é preciso saber que o movimento para se enxugar após fazer xixi é sempre de frente para trás — ou seja, da vagina para o ânus. O movimento contrário pode trazer restos de fezes para a região vaginal e é completamente errado.
Quando for usar banheiros públicos, tente forrar o vaso antes de se sentar — isso impede que você tenha contato com restos de urina, por exemplo. Uma dica é levar lenços umedecidos na bolsa para usar, excepcionalmente, nesse tipo de situação, principalmente quando não tiver papel higiênico disponível.
Use calcinhas adequadas
A falta de ventilação da vagina é um dos fatores que contribui para o surgimento de alergias e infecções. Nesse sentido, uma medida simples é usar calcinhas adequadas. As de algodão são as melhores, porque ajudam na transpiração da pele. Inclusive, se puder, durma sem calcinha ou com roupas bem folgadas.
Calcinhas feitas com tecidos sintéticos, por sua vez, podem ter o efeito contrário, por isso evite usá-las. Os modelos mais justos e de fio dental também devem ser usados com parcimônia por conta do atrito e da pouca ventilação.
Lave a região íntima com sabão neutro
A higiene da região íntima deve ser feita durante o banho, de forma delicada e com os produtos certos. Sabonetes neutros ou ginecologicamente testados são os mais indicados pois não alteram a flora vaginal.
As pregas que formam os pequenos e grandes lábios devem ser higienizadas diariamente com delicadeza. Somente a parte externa da vagina precisa ser lavada, portanto, nada de usar duchas íntimas.
Faça xixi após o ato sexual
Muitas mulheres já fazem isso sem saber da sua importância. O fato é que urinar após o ato sexual é algo extremamente benéfico para a saúde íntima feminina, pois inibe problemas no trato urinário.
Por estar muito próxima da vagina, a uretra (canal por onde passa o xixi) está suscetível a infecções. Logo, ao urinar, você ajuda a eliminar bactérias que possam estar acumuladas, impedindo que elas subam para a bexiga.
Vá ao ginecologista periodicamente
Outro cuidado que não pode ser negligenciado é a visita regular ao médico ginecologista. A recomendação é que isso seja feito pelo menos uma vez ao ano após a menarca, isto é, a primeira menstruação.
Não espere adoecer para ir ao médico. Caso perceba qualquer alteração, seja um corrimento diferente, mudanças no seu ciclo menstrual ou escapes, procure a orientação de um especialista.